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quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Sacrifício

Eu sacrifiquei as palavras, a poesia e até mesmo um pouco de felicidade com isso, simplesmente porque achava que não era vida e não me traziam histórias. Pude viver momentos fortes, mas abri mão de relatá-los, eu já não conseguia mais rimar e sacrifiquei uma obra por papeis avulsos. Apostei na experiência e não recebi a inteligência, apostei na ganância e não recebi a fortuna.

Eu sacrifiquei minha alma pelo meu corpo, um foco por um prazer carnal. Soube aproveitar, parecia mais as consequência de um pacto social, mas soube gozar. Eu precisei me vender, eu precisei me infiltrar, eu aprendi a ignorar. Sacrifiquei minha própria tribo, minha própria classe simplesmente porque queria ser livre, mas sem perceber apenas obedeci ordens de quem nem ao menos me afagou.

Eu vou aceitar a tristeza, eu vou aceitar o fracasso,vou aceitar a queda como uma foram de avaliar as perdas que eu sacrifiquei. Eu não pretendo amar, eu o usei em vão e o usaria outra vez. O amor foi apenas um peão que tive que entregar para conquistar o poder, e mesmo assim, eu não consegui me mover. Não me orgulho e vou me permitir ser derrotado, e não acho que seja uma vergonha. A derrota pode apenas ser mais um sacrifício, o meu próprio sacrifício. Não sei o que espero em troca, mas sei que preciso de entregar um sangue... e que ele esteja fresco.

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